Como a obesidade favorece o Diabetes?

07/11/2021

     O objetivo deste trabalho foi descrever e analisar alguns dos principais estudos publicados nas últimas décadas, os quais mostraram que a adoção de um estilo de vida adequado possibilita a prevenção primária do Diabetes Mellitus do tipo 2. As mudanças no estilo de vida impróprio podem ser estimuladas, dando ênfase ao aspecto nutricional e à atividade física, visando à redução dos fatores de risco relacionados à síndrome metabólica e às doenças cardiovasculares em diferentes populações.

     Na obesidade a secreção de insulina está aumentada, enquanto que a captação hepática e a eficácia periférica da insulina diminuem. A elevada secreção de insulina está relacionada ao grau de obesidade, já a redução na depuração hepática e a resistência periférica ao hormônio estão relacionadas ao tipo de obesidade (obesidade visceral). Os ácidos graxos livres aumentados na circulação, pela elevada sensibilidade lipolítica da gordura abdominal e pelo menor efeito antilipolítico da insulina nesse tecido, inibem a depuração hepática de insulina, levando à hiperinsulinemia e à resistência periférica, além do direcionamento desses ácidos graxos para a síntese de triglicérides pelo fígado.
     A resistência à insulina (RI) refere-se à diminuição da ação da insulina endógena em seu tecido alvo, particularmente, músculos e tecido adiposo. Com o desenvolvimento da resistência, ocorre uma hiperinsulininemia compensatória, mas, com a evolução da doença, o indivíduo passa a apresentar deficiência na secreção de insulina, em função da exaustão da capacidade secretora das células b, o que culmina na sua incapacidade de manutenção das concentrações glicêmicas normais, no período pós-prandial. A essa fase de intolerância à glicose segue-se a hiperglicemia de jejum e a consequente instalação do quadro clínico do Diabetes Mellitus.

    Quem come carne pode ter muita gordura visceral essa por sua vez libera adipocinas. Adipocina do tecido adiposo atrapalha o processo da insulina em algumas células adiposas no tecido adiposo, o indivíduo saudável tem menos adipocinas, quando a glicose tentar se recebida pelos receptores dos adipócitos, a adipocina se liga a esse receptor na célula, a glicose não entra na célula e volta para a corrente sanguínea.
       Quem tem muita gordura visceral tem muitos ácidos graxos no tecido adiposo visceral, automaticamente aumenta a insulina produzida, causa exaustão da capacidade secretora das células b, segue-se hiperglicemia e por ser muitos ácidos graxos não tem insulina o suficiente que impede a ativação da lípase que libera muitos ácidos graxos na corrente sanguínea e no fígado esse por sua vez sintetiza triglicérides e colesterol. Combinação da diminuição da sensibilidade à insulina, hipertensão e triglicérides elevadas, muitas vezes pode resultar em aterosclerose, colesterol elevado LDL (o tipo ruim) e é um fator importante para o desenvolvimento de diabetes.
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                                                     Complicação do diabetes relacionada à arteriosclerose:
     - Problemas cardiovasculares: a alta da glicose agride a parede dos vasos facilitando o acúmulo de gordura e as inflamações que entopem artérias. Isso causa infartos e derrames.