Obesidade

07/11/2021

     Tecido adiposo. Nesse tecido a substância intracelular é reduzida, e as células, ricas em lipídios, são denominadas células adiposas; é o principal reservatório energético do organismo.
      As gorduras humanas dividem-se em duas: intra-abdominais e gorduras localizadas ou subcutâneas. A gordura visceral tecido adiposo acumulado na região abdominal se acumula nas camadas profundas do abdómen, envolvendo os órgãos internos como é o caso do coração, fígado, estômago, rins, intestinos e pâncreas, têm componentes genéticos, mas também são reflexo de aspectos ambientais. Afeta negativamente a saúde. Em parte, porque adipócitos viscerais secretam adipocinas inflamatórias que contribuem para a inflamação sistêmica. Adipocinas são proteínas de sinalização celular que aumentam a pressão arterial e influenciam a insulina.  A combinação da diminuição da sensibilidade à insulina, hipertensão e triglicérides elevadas, muitas vezes pode resultar em aterosclerose, colesterol elevado LDL (o tipo ruim) e é um fator importante para o desenvolvimento de diabetes. A adiponectina é secretada a partir de tecido adiposo ou gordura subcutânea e ajuda na absorção de glicose e sensibilidade à insulina. Tem efeitos anti-inflamatórios que suportam a pressão sanguínea saudável e função cardíaca. Diabéticos e pessoas com sobrepeso têm níveis mais baixos de adiponectina.

       Referência: 
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      Adipocinas antigamente eram conhecidas como citocinas. Adipocina é um termo universal adotado para descrever a proteína que é secretada (e sintetizada) pelo tecido adiposo, sendo essa proteína uma citocina ou não. Catalogadas 50 diferentes moléculas de adipocinas.

       Referência: 

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     Cada vez mais aumenta o número de pessoas acima do peso. Com isso, há um aumento também no risco de doenças relacionadas à obesidade.
     Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 115 milhões de pessoas sofram de problemas relacionados com a obesidade nos países em desenvolvimento. No Brasil, a situação não é diferente. Cerca de 40% da população está acima do peso. Doenças ligadas ao excesso de peso e como evitá-las:

        Síndrome metabólica

      A síndrome metabólica é o conjunto de três ou mais doenças associadas ao excesso de peso ou obesidade. É mais frequente em pessoas com excesso de gordura na região abdominal, a chamada gordura visceral. Este tipo de gordura está relacionado com a incidência maior de doenças.
    As doenças ligadas à síndrome metabólica são hipertensão arterial, resistência à insulina, colesterol elevado, redução do HDL (colesterol bom) e aumento do LDL (colesterol ruim), triglicérides elevado e intolerância à glicose.
    O tratamento para a síndrome metabólica é baseado em eliminação de peso, prática de atividade física, e em certos casos é necessário o uso de medicamentos.

     Hipertensão Arterial

     A hipertensão arterial ocorre quando há um aumento da pressão, podendo ocasionar vários problemas cardiovasculares. O risco de desenvolver a hipertensão em pessoas acima do peso é bem maior do que em pessoas com peso adequado. Porém, existem outros fatores que contribuem para que esta doença se desenvolva: excesso no consumo de sódio, de álcool e sedentarismo.
     O tratamento da hipertensão deve basear-se numa alimentação balanceada nutricionalmente, contendo todos os nutrientes, prática de atividade física e evitar o consumo de álcool, sal e sódio em excesso.

     Resistência à Insulina

      A resistência à insulina ou hiperinsulinemia é uma doença onde há um aumento na produção de insulina, que é um hormônio produzido pelo pâncreas, para tentar manter os níveis de glicose sanguínea normais. Assim, os níveis de glicemia estão frequentemente normais, mas a insulina está elevada.
     Esse é um fator de risco para o diabetes tipo 2 e resulta em algumas alterações como diminuição do HDL-colesterol e aumento do triglicérides.

        Diabetes

      No Brasil, cerca de 17 milhões de pessoas (10% da população) estão diabéticas. O diabetes é caracterizado pelo aumento de glicose no sangue por deficiência de insulina ou por resistência à insulina. Existem 2 tipos: tipo I (insulino-dependente), geralmente adquirida por fatores genéticos e tipo II (não insulino-dependente), comumente causada pela obesidade e outros fatores ambientais. Podemos citar alguns fatores de risco, como histórico familiar de diabetes, sedentarismo, obesidade, doenças coronarianas e outros.
      O diabetes é diagnosticado através do exame de sangue. A faixa de normalidade da glicemia é de 70 a 110mg/dl e o tratamento deve ser baseado em alimentação específica, juntamente com prática de atividade física e alguns casos o uso de medicamentos prescritos pelo médico, como hipoglicemiantes orais ou insulina.
       A prevenção do diabetes tipo II pode ser feira através da manutenção do peso ideal, prática de atividade física, não fumar, controlar a pressão arterial e evitar medicamentos que possam agredir o pâncreas, como cortisona e diuréticos.

     Colesterol elevado

      O colesterol total é composto pelas frações: HDL (colesterol bom) e LDL (colesterol ruim) e triglicérides. Ele também é diagnosticado através do exame de sangue, sendo normal até 200mg/dl.
      Os níveis aumentados de colesterol total, LDL-colesterol (>200 mg/dl) e triglicérides (>150mg/dl) podem acarretar em entupimento de veias e artérias causando o infarto e derrame. Como prevenção deve-se evitar gordura saturada, presente em produtos de origem animal, como manteigas, leite integral e derivados, carnes gordas, pele de frango, frituras em geral etc.
      As fibras da alimentação e a prática de atividade física também contribuem para a normalização dos índices de colesterol.
      Para prevenir doenças e ter uma vida saudável basta ter uma alimentação adequada e praticar atividade física, reduzindo assim o excesso de peso. Por isso, comece já a se reeducar!
Por: Milena Lima Nutricionista formada pela Universidade Católica de Santos CRN-3 14.100.
(Site não encontrado)

     Gordura saturada que prejudica o metabolismo e que eleve colesterol só na carne, mesmo aquela sem gordura aparente.

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     Matéria extraída da revista “Super saudável”, pg 12 e 13- Abril a Junho 2010. Adenilde Bringel

     Já está comprovado por inúmeros estudos, realizados em várias partes do mundo, que as bactérias que compõem a microbiota intestinal humana –aproximadamente 100 trilhões, com média de 700 a 1000 espécies diferentes – estão relacionadas com a modulação da imunidade do hospedeiro, sua resistência a infecções e a uma contribuição na fisiologia digestiva, o que constitui importante elemento para a saúde.
     Em especial, os pesquisadores estudam dois grandes grupos de bactérias - Bacateroidetes e Firmicutes -, que representam mais de 80% dos microorganismos que habitam o intestino grosso e, diferentemente das demais espécies que povoam a microbiota, têm a capacidade de quebrar os carboidratos de difícil degradação dos alimentos e transformá-los em energia.
     Estudo realizado na Universidade de Washington pelo pesquisador Jeffrey Gordon constatou, recentemente, que a proporção de Bacteroidetes era reduzido em 90% entre obesos em relação aos indivíduos magros. O estudo, que envolveu relação aos indivíduos magros, também observou amostras de fezes de obesos e cinco magros, também observou que as amostras de fezes de obesos tinham 20% mais quantidade de Firmicutes do que dos voluntários magros, além de ser mais rica em genes capazes de quebrar as moléculas dos alimentos com mais eficiência.

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     O ser vivo necessita de ambiente adequado onde encontre alimentação, clima, habitat, no caso das bactérias do cólon o “PH” é ácido, já o sangue necessita de meio alcalino. A carne gera temperatura alta (inadequada), sangue ácido, intestino alcalino, consequentemente deixando as bactérias acidófilas com fome, gerando outras não acidófilas que aí encontrarão “PH” adequado para se desenvolver alterando a flora intestinal.
     Deduzindo que as bactérias da carne diminuem a microbiota Bacteroidetes do nosso intestino.
     O professor titular do ICB-UGMG e coordenador dos estudos, Jacques Robert Nicoli, informa que já se sabe, há cerca de 40 anos, que a microbiota intestinal tem participação na maturação da fisiologia digestiva no recém-nascido e no adulto, em uma complementação nutricional, pois fornece fontes de energia adicionais. Como ácidos voláteis derivados da fermentação de alguns substratos alimentares que não podem ser utilizados pelas enzimas digestivas de origem humana. Por exemplo, a carne.
     O pesquisador explica que as fibras ingeridas por meio dos alimentos são moléculas que atravessam íntegras o intestino delgado e chegam intactas ao intestino grosso, onde vão ajudar a formar o bolo fecal e melhorar o trânsito intestinal. “As fibras não são evacuadas intactas do trato digestivo, pois, ao chegarem ao intestino grosso, essas moléculas encontram uma microbiota que as fermenta por ter enzimas para sua degradação”, afirma.
     O resultado da metabolização dessas moléculas é a produção de ácidos graxos de cadeia curta – ácido acéticos, ácido propiônico e ácido butírico – que, uma vez fornecidos pelas bactérias que compõem a microbiota, podem ser absorvidos pelo organismo e transformados em energia.
     Por que vegetariano pode ser obeso? O médico nutrólogo e presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, Celso Cukier, reforça que as bactérias intestinais desempenham várias funções no organismo e têm se destacado por produzirem ácidos graxos de cadeia curta, que são a principal fonte de energia para as células do cólon. Outra função importante é que 85% da imunoglobina A, fundamental para o sistema imunológico, é produzido em nível intestinal.
      No entanto, o médico ressalta que a obesidade é multifatorial e não acredita que seja possível haver uma causa especifica para o problema, que tem influência da história familiar, do ambiente, dos hábitos alimentares e do estilo de vida. “Atualmente os alimentos têm carga energética muito grande e, além disso, o estresse cotidiano libera hormônios que facilitam a deposição de gordura.”