07/11/2021
21 de março de 2009
By Lonely Spooky
Quem mexe com produtos químicos não precisa ser muito experiente para perceber que alguns compostos orgânicos, especialmente os que contêm enxofre (S) e nitrogênio (N), são caracterizados por um cheiro pútrido e sufocante que varia de intensidade dependendo do composto. Faz, também, menos de 150 anos que a morte vem sendo encarada como um fato simplesmente mecânico e material, tendo suas reações químicas estudadas, quantizadas e entendidas do ponto de vista físico, químico e biológico. Um corpo vivo possui, naturalmente, miríades de bactérias e organismos nocivos que permanecem sob controle devido a fatores como o pH natural, a temperatura interna e a agentes reguladores que são gerados pelo próprio corpo. Depois da morte, sem ter condições de se defender, o corpo começa a passar por um processo chamado “decaimento”, que é quando as bactérias e protozoários hospedados no corpo podem agir livremente sem os fatores limitantes do corpo vivo de outrora. Além disso, também moscas e insetos tornam-se livres para depositar ovos nas feridas e nas cavidades naturais do corpo (ânus, boca, ouvidos, olhos…). As bactérias nocivas, presentes nos intestinos e que antes se alimentavam de matéria ali presente, agora passam a se alimentar do intestino propriamente dito e conseguem se propagar para o interior do corpo, corroendo os outros órgãos internos. Os fluidos digestivos presentes nos intestinos vazam e, por sua vez, ajudam na corrosão do interior do corpo.
Nessa etapa, a Lisina presente no corpo começa a sofrer uma reação de descarboxilação por intermédio de uma enzima chamada LDC, liberando CO2 e formando uma substância chamada cadaverina, que é responsável pelo odor de carne apodrecida. O CO2 produzido pela Lisina transformando-se em cadaverina soma-se aos outros diversos gases (sulfureto de hidrogênio, metano, cadaverina e putrescina) produzidos pelas bactérias anaeróbicas que estão devorando o interior do corpo e fazem-no inchar como se fosse um balão. O acúmulo de gases dentro do cadáver, além de inflá-lo, gera uma pressão que força a saída de fluidos pelos vasos sanguíneos e pelas cavidades corporais. As larvas de insetos começam a eclodir e aceleram o processo de decomposição da carne secretando enzimas digestivas e infectando o corpo com novas bactérias. A massa de vermes trabalha em uníssono comendo a carne, compartilhando calor e aproveitando as enzimas digestivas uns dos outros para facilitar a propagação pelo interior do corpo.
Nessa etapa, a Lisina presente no corpo começa a sofrer uma reação de descarboxilação por intermédio de uma enzima chamada LDC, liberando CO2 e formando uma substância chamada cadaverina, que é responsável pelo odor de carne apodrecida. O CO2 produzido pela Lisina transformando-se em cadaverina soma-se aos outros diversos gases (sulfureto de hidrogênio, metano, cadaverina e putrescina) produzidos pelas bactérias anaeróbicas que estão devorando o interior do corpo e fazem-no inchar como se fosse um balão. O acúmulo de gases dentro do cadáver, além de inflá-lo, gera uma pressão que força a saída de fluidos pelos vasos sanguíneos e pelas cavidades corporais. As larvas de insetos começam a eclodir e aceleram o processo de decomposição da carne secretando enzimas digestivas e infectando o corpo com novas bactérias. A massa de vermes trabalha em uníssono comendo a carne, compartilhando calor e aproveitando as enzimas digestivas uns dos outros para facilitar a propagação pelo interior do corpo.
Num ambiente considerado “normal”, de 10 a 20 dias após a morte começa o que é chamado de putrefação negra. Nessa etapa o corpo inchado pelos gases colapsa e murcha, deixando à mostra partes pretas de carne apodrecida. A maior parte dos fluidos corporais vaza e torna o solo em torno do cadáver úmido e rico em vermes. O número de insetos devorando o cadáver cresce e sua atividade faz com que a temperatura do corpo aumente significativamente.
20 a 50 dias depois da morte inicia-se a etapa chamada de fermentação butírica. Quase toda a carne do cadáver se foi. O cheiro pútrido de carne dá lugar ao cheiro de queijo devido à presença de ácido butírico e este novo odor atrai uma nova gama de carniceiros para o cadáver. A escassez de carne mole faz com que os insetos que possuem bocas em forma de gancho quase desapareçam, mas torna o cenário muito atraente para insetos com bocas capazes de mastigar, como besouros e escaravelhos, que se alimentarão da pele e dos ligamentos.
De 50 a 365 dias depois inicia-se o decaimento seco, que é um processo muito lento e quase imutável. Quase todo o pelo já desapareceu, restando-lhe somente (quando muito) alguns traços e os ossos.
(Site não encontrado)